quinta-feira, 22 de setembro de 2011

“A educação deveria ser levada tão a sério quanto o futebol”, diz Jamil Salmi, coordenador de ensino superior do Banco Mundial (Bird)

Fonte: Gazeta do Povo

O Brasil tem potencial para ser um líder mundial na área de educação, mas falta acreditar que isso é possível. A opinião é do marroquino Jamil Salmi, coordenador de ensino superior do Banco Mundial. Ele esteve em Curitiba na semana passada para participar do seminário internacional “Estraté­­gias de apoio das universidades ao desenvolvimento regional”, realizado no Teatro da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Para ele, as universidades brasileiras precisam ter um olhar mais internacional e transferir conhecimentos. “O Brasil é um gigante economicamente, mas nenhuma universidade brasileira está entre as 100 melhores do mundo. Na Copa do Mundo, vocês acreditam que podem ser os melhores. Por que não acreditar que podem ser os melhores também em educação?”, indaga.
Salmi é o principal autor da estratégia do Bird para o ensino superior denominada Constructing Knowledge Societies: New Challenges for Tertiary Education. Nos últimos 17 anos foi assessor para políticas de ensino superior em mais de 60 países, inclusive para o Brasil. Publicou cinco livros e centenas de outros trabalhos sobre educação e desenvolvimento; seu ultimo livro, Challenge of Establishing World-Class Universities, foi publicado em 2009.
Em sua palestra, Salmi apresentou rankings com as melhores universidades do mundo, falou sobre o conceito de world-class university e que caminhos podem ser tomados para se chegar a esse padrão de excelência em educação superior. Analisando as universidades brasileiras, Salmi ressaltou o problema de diversidade social e questionou quantos estudantes nunca terão a chance de chegar ao ensino superior. Ele também afirmou que na cultura brasileira, os professores tendem a permanecer na mesma instituição, o que não é bom para ter novas ideias e se autodesafiar.

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