Fonte: Estado de São Paulo
Considerada mais fácil que a anterior, a primeira fase do exame da OAB deve ter um número maior de aprovados. A segunda fase será em 4 de dezembro.
O professor Nestor Távora, coordenador do cursinho preparatório da LFG, considerou a prova "equilibrada e de complexidade aceitável". Para ele, existem três formas de dificultar o exame: usar vocabulário obscuro, cobrar assuntos periféricos e redigir enunciados extensos. "Apesar de alguns textos longos na parte de Trabalho, isso foi balanceado no resto da prova", disse.
Távora lembrou que o Brasil tem muitas leis específicas, e a OAB pode cobrar qualquer uma delas. Na opinião dele e do professor Cristiano Rodrigues, também do LFG, a questão sobre lesão corporal no trânsito pode ser anulada, porque a ambiguidade na redação permitiria duas respostas corretas. "Mas, em geral, a prova não cobrou assuntos periféricos, e sim aspectos gerais", considerou Távora. Ele disse ainda que a parte penal da prova foi "um pouco mais pesada", por exigir análise doutrinária.
O professor Renato Saraiva, do Portal Exame de Ordem, disse ontem em transmissão via Facebook que o sentimento geral dos professores é de que a prova foi tranquila. "A aprovação na primeira fase deve ficar acima de 40%", disse Saraiva. A professora Ana Cristina, do mesmo portal, disse que esperava uma questão sobre a reforma do Código de Processo Penal, o que não aconteceu.
Mais de 108 mil bacharéis em Direito de todo o Brasil estavam inscritos para o exame, realizado em 162 municípios. Foi a primeira prova desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional sua exigência para o exercício da advocacia.
Na edição mais recente, menos de 15% passaram - 18 mil dos 121 mil inscritos. Segundo a OAB, o País forma por ano 90 mil bacharéis em 1,1 mil cursos. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que há mais cursos de Direito no Brasil do que em todos os outros países do mundo somados.
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